Ando pelas ruas dos bairros nobres
da era do Áureo fruto
assistindo ao show,
das ruínas dos casarões abandonados
pela falta de dinheiro.
Não mais existem,
os grandes cabarés
com as meninas a divertir os coronéis...
As meninas se foram,
o coronéis arruinados e mal amados
pelos seus casamentos arranjados.
Nunca mais a boémia
nunca mais os salões sociais
nunca mais os carros luxuosos de tempos atrás.
As senhoras do cacau, onde andam?
andam pelas ruas da cidade
vendendo bolinho para sobreviver,
comendo carne seca com farinha,
as escondidas para ninguém ver.
Acordem!
saiam do pedestal,
a vassoura de bruxa,
acabou com o cacau.
Este é um poema que por ironia do destino nasceu em um dos bairros mais nobres da minha cidade natal, Itabuna, hoje decadente moradia dos falidos do cacau.È de minha autoria Patricia Galdino.
incidentemete, esta foto foi tirada em cima de sacos de sementes do fruto dourado, em uma de minhas declamações pelos ônibus a fora, eu a denominaria como "ironia do destino", como se eu estivesse pisando literalmente na decadência.
Eu e minha vó estávamos no ônibus Ilhéus - Itabuna onde você declamou essa poesia.Parabéens! Ela disse que concorda com tudo que aí está escrito, e te deseja muita sorte. Bjs.
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